Monday, August 6, 2007

Informações Gerais

A ideia de construir um hospital privado em Moçambique foi desenvolvida pela INVALCO, Lda., quando nos finais de 2003 constatou que este tipo de projecto era uma necessidade primordial para o país. Constatou a INVALCO nessa altura que havia um défice muito grande no tratamento de doentes que recorriam ao sector privado por causa dos seguintes factores:

  • As Clínicas eram pequenas e ofereciam serviços básicos;

  • Não haviam equipamentos suficientes em quantidade e especialidade para ajudar ao diagnóstico dos doentes;

  • Grande parte das Clínicas, senão todas, recorriam aos serviços dos hospitais públicos para os diagnósticos;

  • Grande parte dos médicos eram os mesmos que atendiam o sector público restando-lhes pouco tempo para se dedicarem à medicina privada nas clínicas privadas;

  • Os investimentos para a medicina privada eram para o básico e em pequena escala;

  • Para os serviços mais especializados não havia outra alternativa senão remeter os doentes para a República da África do Sul;

Tomando em consideração que o sector da medicina, em particular o privado, tem um papel muito importante para a vida daqueles que têm possibilidade de pagar através de recursos financeiros próprios, e, se tomarmos em conta que o investidor que quer vir ao nosso país com sua família um dos factores da sua segurança de vida é ter um sector de saúde de nível aceitável, a INVALCO decidiu aprofundar as possibilidades de investir no ramo da saúde privada em Moçambique.

Em meados de 2003, a INVALCO inicia a recolha de dados sobre a medicina em Moçambique concentrando na pesquisa de informações sobre a cobertura da rede sanitária, recursos humanos, quantidade de pessoas que recorrem à medicina privada, serviços que as clínicas privadas ofereciam, volumes financeiros envolvidos de investimentos nas clínicas privadas, volume de receitas, quantidades de pessoas e respectivos gastos que recorriam aos serviços de medicina na África do Sul e os nós de constrangimento para o desenvolvimento de uma medicina privada bem sucedida.

Em Setembro de 2003, em consulta com uma proeminente figura da medicina sul africana, a INVALCO é orientada a procurar serviços especializados de consultoria. É na sequência desta que contacta a Faculdade de Medicina Nelson Mandela que funciona na Universidade de Durban. Nos contactos estabelecidos chegou-se a conclusão que o ponto de partida seria a vinda à Moçambique de uma equipe multidisciplinar para fazer um levantamento no terreno sobre a saúde em Moçambique e posteriormente recomendar os caminhos a seguir.

No mesmo mês uma equipe constituída por médicos, economistas especializados em investimentos no sector da medicina privada e quadros de direcção de hospitais privados desloca-se a Moçambique onde durante um mês faz estudos bem aprofundados tendo concluído:

  • Que havia muito espaço para a medicina privada em Moçambique.

  • Que o caminho a seguir não era o de copiar o que já existe mas sim investir mais seriamente para complementar e cobrir o défice de serviços que leva os utentes da medicina privada a recorrerem os serviços de medicina sulafricanos.

  • Que era necessário fazer um estudo de viabilidade que orientaria mais concretamente o investimento a realizar.

Nos contactos posteriores havidos entre a INVALCO e a Faculdade de Medicina Nelson Mandela decidiu-se que a mesma equipe que fez o levantamento de base orientaria os trabalhos do estudo de viabilidade económica e financeira sobre a contrução e funcionamento de um hospital privado em Moçambique.

Do estudo de viabilidade posteriormente elaborado importa reter as seguintes recomendações:

  • O primeiro hospital a construir deve ser na cidade de Maputo;

  • A capacidade do hospital deve ser de aproximadamente 120 camas e deve incorporar os seguintes serviços: 3 Blocos Operatórios, Medicina, Maternidade, Obstetricia, Pediatria, Ginecologia, Ortopedia, Cirurgia, Radiologia e Patologia, Cuidados Intensivos, Blocos de Consultas Médicas, Farmácia, Morgue, Serviços Auxiliares e Parque de Estacionamento Privativo.

  • Que os recursos humanos existentes em Moçambique não são suficientes em número e em especialidade. É necessário numa primeira fase importar alguns especialistas e projectar uma formação interna e externa de pessoal de saúde em particular de enfermeiros.

  • Que era necessário junto das autoridades governamentais moçambicanas encontrar mecanismos que facilitassem a acreditação de médicos formados fôra do território nacional.

  • Que a medicina privada deve contemplar a prestação de cuidados médicos, a formação de quadros, a implantação de serviços de seguros de saúde e o desenvolvimento de indústrias de produtos farmacéuticos.

  • Que os recursos financeiros devem ser encontrados em instituições onde a taxa de juros é mais barata.

  • Que é necessário encontrar uma empresa especializada de gestão hospitalar para gerir o hospital a construir. Uma tarefa é construir e equipar o hospital e outra é geri-lo tecnicamente.

  • Que é necessário que a classe médica em Moçambique seja também chamada a participar neste projecto.

Para além destas recomendações gerais o estudo de viabilidade incorpora outros aspectos técnicos de custos de construção, equipamento, de manutenção, etc, para além de prever receitas.

Terminada a fase do estudo de viabilidade e com todos os dados em mão para prosseguir, a INVALCO define como prioridades a procura de meios financeiros para o projecto, a procura de empresas especializadas de gestão hospitalar, a procura de especialistas para a concepção de projectos de hospitais e o trabalho com as autoridades do Estado de Moçambique para as autorizações necessárias. O trabalho para concretizar estes objectivos foi longo e árduo.

Desde Janeiro de 2005 a INVALCO trabalhou no sentido de tornar realidade este projecto. Hoje podemos dizer com satisfação que grande parte do trabalho foi realizado e uma nova etapa começou com a assinatura com a LENMED HEALTH, da República da África de Sul, de uma Joint Venture que culminou com a formação da empresa que vai ser proprietária do hospital a construir em Maputo com o nome de MAPUTO PRIVATE HOSPITAL, SARL. Nesta empresa a INVALCO participa com 40% e a LENMED HEALTH com 60%.

Podemos afirmar que as autorizações por parte de instituições do Governo de Moçambique já foram emitidas, os recursos financeiros estão garantidos, o projecto final de arquitectura e engenharia já foi submetido aos serviços especializados do Conselho Municipal da Cidade de Maputo para a sua aprovação. A nossa esperança é que o projecto seja aprovado para que a construção inicie o mais breve possível. A fase de construção e equipamento do hospital vai durar aproximadamente 18 meses.

A construção deste hospital marca uma nova fase da medicina privada em Moçambique. A nossa esperança é que projectos desta natureza reduzam as deslocações constantes de moçambicanos e pessoas residentes em Moçambique para outros países à procura de melhores tratamentos, que o país terá melhores infraestruturas e equipamento hospitalares, que vai acelerar a formação de quadros de saúde em quantidade e em qualidade, que uma rede de serviços de seguros já poderá operar em Moçambique contando com hospitais moçambicanos, entre outras vantagens.

NOTAS SOLTAS:

  • A Invalco e a Lenmed Health projectam a construção de clínicas médicas em outras províncias do país.

  • O custo total do projecto está estimado em USD - 16,000,000.00 (Dezasseis Milhões de Dólares Norte Americanos).

  • O projecto de arquitectura e de engenharia envolveu arquitectos e engenheiros moçambicanos e sulafricanos afectos a PDNA, delegação de Moçambique.

  • A área total coberta do hospital é de aproximadamente 8.500m2. O Parque de estacionamento é de 100 viaturas aproximadamente.

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